Milhões de italianos que assistiam a um famoso evento musical na Rai 1, o principal canal da TV pública, foram surpreendidos por um fato inesperado. Estava no ar, ao vivo, a 62ª edição do “Festival della canzone italiana”, que acontece no mês de fevereiro em Sanremo, na Ligúria, costa ocidental do norte da Itália.
O apresentador contratado para esta edição foi o famoso cantor Adriano Celentano, conhecido do público italiano não apenas por seus discos e por sua “ginga” durante as performances musicais, mas também por ser um convicto defensor do pacifismo e do movimento contra as armas e as centrais nucleares.
Durante um monólogo, Celentano fez um ataque veemente contra a igreja católica romana, o que causou grande repercussão. Ele alegou que, em seus sermões, os padres e os frades nunca falam do mais importante, ou seja, da razão da existência humana. “Os padres” disse Celentano “nunca falam do paraíso, como se o homem tivesse nascido apenas para morrer”.
Em outro trecho de sua mensagem, Celentano responsabilizou o clero católico: “Vocês padres têm a obrigação de falar do paraíso, se não as pessoas vão continuar achando que a vida se limita ao que vivemos agora”, ou seja, “crise financeira, desemprego e spread!”
Ele ressaltou a importância da Palavra de Deus na vida dos doentes, dos desesperados e dos “últimos” na sociedade, incentivando os sacerdotes a fazerem uso das promessas de Deus para trazer conforto e esperança.
A invectiva de Celentano continuou contra a mídia católica, responsável de se preocupar apenas de falar de politica, e não de Deus e de seus projetos: “Para eles o discurso de Deus ocupa pouco espaço!”.
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